Próximo passo: traçar um plano

Depois de obter o máximo de informações possíveis, já é possível enxergar algumas possibilidades e descartas outras, aí chega o momento de traçar um plano para imigrar. Eu estou nessa fase.

Novembro está chegando e com isso vai reduzindo a possibilidade de eu imigrar já em 2014, mas pelas informações que eu consegui sobre os diversos meios de imigrar para o Canadá, eu já tenho em vista dois planos.

PLANO A - Minha primeira opção é o processo Federal skilled workers. Ele não é nem melhor nem pior que os outros, mas já que eu tenho uma boa pontuação para tentar ser aceito. Essa "porta" não exige experiência no Canadá, nem uma oferta de emprego, etc. Exige que você se encaixe em uma das profissões que o Canadá precisa (ok para mim), tenha experiência profissional na área (mais um ok) e outras exigências. Meu ponto fraco é não ter certificação IELTS, precisarei correr atrás desse quesito, no próximo post conto como vai a preparação.

PLANO B - Outra opção seria ir tentar fazer uma especialização ou doutorado em alguma Universidade Canadense, pois nesse caso conseguiria o visto para o período do curso e após um certo tempo morando lá (creio que seis meses) eu poderia começar a trabalhar, o que me ajudaria a obter muitos pontos para pedir residência permanente depois de um ou dois anos. Para essa estratégia eu também precisaria de pontos no IELTS para ser aceito por uma Universidade, portanto preciso estudar inglês de qualquer forma.

O risco do Plano A falhar é muito grande, mas eu tenho que tentar, afinal é BEM mais barato do que o plano B, me dá liberdade de escolha caso eu precise me mudar lá no Canadá e eu já poderia chegar lá trabalhando.
Já o Plano B pode falhar por que eu posso simplesmente  não ser aceito em lugar nenhum, hehe. Pouco provável, mas não impossível.

Nos próximos posts irei relatar como estão sendo meus passos em direção de cada plano.

Fator motivacional do post: Comportamento

"No Canadá seria impensável a função de franelinha, principalmente em via pública."

Primeiro passo: obter informação

Como primeiro passo para transformar o sonho em realidade, procurei na internet diversas fontes de informação sobre os processos de imigração. Logo percebi que toda a informação é muito organizada pelo Governo Canadense no site www.cic.gc.ca e em outros sites específicos de algumas províncias (províncias são equivalentes à estados no Brasil).

Inclusive á um formulário de perguntas para te guiar à uma avaliação automática que indica se você é elegível ou não pelo processo ('elegível' é o termo que é utilizado para dizer se vocês está apto para ser aceito pelo processo de imigração).

Além dessa fonte oficial há também muita informações em blogs pessoais (como este) de pessoas que estão passando ou já passaram pelo processo, mas a melhor fonte que encontrei foi o site Canadá para brasileiros (www.canadaparabrasileiros.com). O site é meio confuso e cheio de banner de propaganda, mas não se assuste. Eu até clico em propaganda as vezes para os caras ganharem um trocado como retribuição ao trabalho que tem feito. Eles também trabalham como agência de imigração, mas o melhor do site são os podcasts e o fórum de discussão.

Além de ler muito, preferi contratar uma consultoria para tirar algumas dúvidas com maior precisão e certeza, afinal informação na internet é meio distorcida e o blog oficial do Governo Canadense é muito grande. Então contratei a Maria João (www.mjconsultoria.com.br) que é uma ex-funcionária da embaixada canadense no Brasil. É um valor justo para se obter informação certa e personalizada. Não publico o valor aqui para o caso dela alterar o valor no futuro e alguém ficar na expectativa errada quando for negociar, mas posso assegurar que é um bom investimento e, já que você está disposto e fazer uma mudança dessas na vida, é importante abrir a mão principalmente no que se refere a informação. (Atualizado em 14/12/2013: no post de 14/12 eu atualizei essa informação!! http://longa-jornada.blogspot.com.br/2013/12/plano-descartado.html)

E por fim, outra fonte de informação é o YouTube. Existem muitos vídeos de pessoas que vivem lá. Esse tipo de informação me passa maior confiança por que dá para ver a realidade deles e ter uma noção do que nos espera.

Bem, esse está sendo meu primeiro passo. Só saberei se dará certo daqui a alguns meses (ou anos), mas parece razoável.

Fator motivacional do post: Segurança:

"A tampa do tanque de combustível nos carros no Canadá não tem chaves."

Início de uma jornada

Hoje é 11 de Outubro de 2013, a cerca de 20 dias eu e minha esposa decidimos por em prática um plano que sempre falamos querer, mas sempre ficava no "um dia faremos isso". Bem chegou a hora.

Preciso esclarecer três fatos que foram determinantes para tomar essa decisão. Três fatos que me fizeram pensar muito sobre nossas vidas e o que realmente queremos dela.

Boa parte dos imigrantes possuem sonhos de riqueza, fortuna, vida chique, com requintes de filmes americanos. No entanto eu e minha esposa já temos uma vida confortável, praticamos esportes, e não podemos exigir mais da vida que Deus nos deu no que se refere a isto. Mas então por que imigrar? Por que sair do Brasil.

O primeiro fato que me fez refletir foi o nascimento do meu filho. Quando seu filho nasce você percebe que passou em para uma nova faze do jogo, agora você tem que planejar e executar suas ideias, não dá para ficar esperando o dia de amanhã para executar a ideia, senão o tempo passa e não é mais possível.

O segundo fato que me fez pensar foi o filme Up nas Alturas. Caso você não tenha assistido fique tranquilo, não vou entregar o final da história. O filme me mostrou duas faces sobre como lidar com os planos da vida. Nenhum deles é triste, mas possuem diferenças gritantes entre "ter certeza do que quer" e "deixar para depois".

Por fim, um último fato foi a entrevista concedida pelo Prof. Clóvis De Barros Filho no programa do Jô Soares (http://vimeo.com/75703251) falando sobre felicidade. Ele resumiu a felicidade da forma mais simples que eu já ouvi, e que mais concordo: 

“O momento que você desejaria a eternidade”

Acho que é isso. Não desejo viver eternamente no Brasil.